Brasil supera a marca de 50 medalhas nos Jogos Paralímpicos

Com mais quatro dias de competições ainda no horizonte dos Jogos Paralímpicos até o próximo domingo, a delegação brasileira já superou nesta quarta a marca de 50 medalhas em Paris. O feito simbólico veio com o bronze de Lara Lima na categoria até 41 quilos do halterofilismo.

Ao longo do dia, o país subiu ao pódio outras oito vezes, entre atletismo e natação, com destaque para o sexto ouro de Maria Carolina Santiago, a brasileira com maior número de títulos na história dos Jogos. Carol venceu os 100m livre da classe S12 e fechou o revezamento 4 x 100m do Brasil que repetiu na França a prata de Tóquio.

Ao todo, o Brasil soma 15 ouros, 15 pratas e 27 bronzes, um total de 57 medalhas, na sexta posição geral. A liderança permanece com a China, com 60 ouros e 131 medalhas.

Até hoje, a melhor campanha do Brasil foi registrada em Tóquio, em 2021. No Japão, o Brasil somou 72 medalhas, com 22 ouros, 20 pratas e 30 bronzes. 

BOLSA ATLETA – Em comum a todas as conquistas nacionais na França até agora, a digital do Bolsa Atleta. Dos 280 atletas brasileiros em Paris, 274 são integrantes do programa do Governo Federal (97,8%). Dos seis que não fazem parte atualmente, quatro já estiveram em editais anteriores. Os outros dois são guias, que correm ao lado de atletas com deficiência visual. O primeiro edital do Bolsa Atleta em que atletas-guia puderam ser contemplados foi o de dezembro de 2023, após a aprovação da Lei Geral do Esporte.

CAROL. DE NOVO! - Ela não se cansa de ouvir o hino nacional. A nadadora pernambucana Carol Santiago, 39, conquistou sua terceira medalha de ouro em Paris 2024, desta vez na prova dos 100m livre, da classe S12 (atletas com deficiência visual). Com isso, ela ampliou sua marca de mulher brasileira com mais medalhas douradas na história dos Jogos Paralímpicos, com seis no total.

Carol Santiago venceu com 59s30, superando a ucraniana Anna Stetsenko, que completou em 1min00s39 e ficou com a prata. A japonesa Ayano Tsujiuchi completou o pódio com 1min01s05. Outra brasileira, Lucilene da Silva Sousa terminou em 6º lugar na prova.

“Eu estou muito feliz, muito satisfeita. São muitas emoções. Está sendo uma competição intensa, maravilhosa e, gente, eu só tenho a agradecer”, resumiu Carol. Com as três conquistas em Paris, Carol alcançou seis medalhas douradas, ampliando a vantagem sobre a velocista mineira Ádria Santos, que somou quatro vitórias no atletismo nos anos 2000. Até o início dos Jogos de Paris, Ádria era a dona da marca.

A nadadora pernambucana se tornou bicampeã paralímpica nos 100m livre, prova em que ganhou ouro nos Jogos de Tóquio 2021. No Japão, ela também obteve o título nos 50m livre e nos 100m peito, além de prata no revezamento 4x100m livre misto 49 pontos e um bronze nos 100m costas.

Em Paris, ela também foi ouro nos 100m costas S12 e nos 50m livre S13, totalizando suas seis medalhas douradas. Carol ainda nadará os 100m peito, na quinta-feira, e por equipe, no revezamento 4x100m livre misto – 49 pontos.

Carol nasceu com síndrome de Morning Glory, alteração congênita na retina que reduz seu campo de visão. Praticou natação convencional até o fim de 2018, quando migrou para o esporte paralímpico.

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